domingo, 4 de novembro de 2007


Curiosidades da Biotecnologia


Saúde Humana


Entre as mais importantes descobertas deste final de século, uma tem destaque especial, particularmente para milhões de pessoas em todo o mundo portadoras de Diabetes mellitus e que dependem da insulina para estabilizar o nível de glicose no sangue. A primeira aplicação comercial da biotecnologia ocorreu em 1982, quando a empresa Genentech produziu insulina humana para o tratamento da diabetes. Para fornecer insulina em quantidades necessárias, o gene que produz a insulina humana foi isolado e transferido para a bactéria Escherichia coli. As bactérias se multiplicam e crescem em tanque de fermentação, produzindo a proteína insulina que, a partir daí, é isolada e purificada. Um novo produto, resultado de recentes pesquisas biotecnológicas, é a Insulina Lispro, produzida e comercializada pelo laboratório Eli Lilly com o nome de Humalog. Dentre outros exemplos de produtos obtidos pela biotecnologia pode-se citar o interferon-alfa-2b e interferon-beta, o fator anti-hemofílico empregados no tratamento da leucemia, da esclerose múltipla e hemofilia A, respectivamente, e o hormônio de crescimento humano (somatotropina). No caso da doença de Chagas, a Fiocruz (Instituto Oswaldo Cruz) desenvolveu um kit para diagnóstico, obtido a partir da transformação genética de bactérias contendo genes de Trypanosoma cruzi, as quais passaram a expressar antígenos desse parasita; as proteínas recombinantes são utilizadas no imunodiagnóstico da doença.


Vacinas

Em 1986, foi obtida a primeira vacina humana geneticamente engenheirada (Recombivax HB de Chiron) e aprovada para prevenção de hepatite B. A vacina de DNA é a mais recente forma de apresentação que veio revolucionar o campo de vacinas, representando um novo caminho para a administração de antígenos. O processo envolve a introdução direta do DNA plasmidial, que possui o gene codificador da proteína antigênica, e será expressa no interior das células. Este tipo de vacinação apresenta uma grande vantagem, pois fornece para o organismo hospedeiro a informação genética necessária para que ele fabrique o antígeno com todas as suas características importantes para geração de uma resposta imune. Isto sem os efeitos colaterais que podem ser gerados quando são introduzidos patógenos, ou os problemas proporcionados pela produção das vacinas de subunidades em microrganismos. As vacinas de DNA, em teoria, representam uma metodologia que se aproxima da infecção natural, alcançando a indução da proteção desejada.


Biorremediação

A descontaminação de locais já sujeitos à contaminação pode ser obtida por técnicas de biorremediação e restauração. Tecnologias avançadas tais como o uso de sistemas biológicos de tratamento para reduzir ou destruir resíduos perigosos são vistas como uma opção para a tecnologia de descontaminação. Um dos campos mais promissores da biotecnologia, que visa o emprego dos microrganismos, direciona-se para locais contaminados devido ao uso de agroquímicos e/ou ainda metais pesados. Uma vez que microrganismos presentes em solos são capazes de degradar e mineralizar pesticidas, pode-se desenvolver a remediação biológica de solos contaminados, empregando-se microrganismos selecionados. Essa técnica tem como finalidade inocular o solo com microrganismos com capacidade de metabolizar os resíduos tóxicos presentes no ambiente e transformá-los em produtos menos tóxicos.

Fonte:CD - Entendendo a BiotecnologiaEmbrapa (Recursos Genéticos e Biotecnologia)Fundação BiominasBIO Tecnologia (Ciência e DesenvolvimentoBioagro (UFV) - Biotecnologia

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